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11 de ago. de 2015


Um simples 11 de agosto

(36 anos hoje!)

Angústia que me completa 
Alma que me alerta 
Mal que sinto 
Crises vem vindo
Sem explicação
Sem noção 
Sem razão 
Sem direção 
Sou o fundo do poço humano 
As migalhas do mundo
A morte profana 
A loucura insana 
A felicidade não existirá 
Nem procure, ela vai acabar 
Procuro e não persisto 
Para que essa crendice, se nem sei se existo? 
Vou vencer a depressão 
Vou seguir pela frente
Sorridente, contente 
Uma simplória ilusão!

Fatos para chorar 
Vida mal entendida 
Mundo como fim de tudo 
Uma simples despedida 
Porque as mudanças são constantes? 
Porque vivo? 
Desvendarei esses mistérios professantes 
Simplesmente não consigo 
Quero viver, quero morrer 
Quero nascer, quero sofrer 
Quero sorrir, quero sentir 
Quero vibrar, vou dormir 
Sono profundo 
Me livre deste mundo 
Me leve ao céu 
Mãe, me cobre com teu véu! 
Vida nova a surgir 
Irei reconstruir?
Quem saiba apagando? 
Quem saiba amando? 
Necessito falar com alguém 
Necessito chorar 
Tenho que desabafar 
Mas não há ninguém 
Reprimo meu choro 
Viaja minha mente
Quero este eterno gozo
Pela vida eternamente
Estou na prisão 
No meu "eu" há um cão
Late inconscientemente 
No meu peito ardentemente 
Prisão da depressão 
Prisão do amor 
Prisão da alusão 
Prisão do horror
Se aparecer alguém
Eu escondo tudo
Só entenderá um ninguém
Os meus pensamentos estúpidos
Não me faça perguntas absurdas
Não tenho respostas para você
Saia, não insista, minhas respostas simplórias 
Poderão ser a você uma glória
Me deixe chorar
Não me pergunte! 
Me deixe sozinha 
Nesta faca de 1.000 gumes
Mundo colaborando com minha tristeza 
Pelo menos é o que eu vejo 
Liberte os meus desejos 
Deixe os em eterna proeza 
Mal do século, Byronismo
Morbidez, escapismo 
Fuja de mim animal! Nesta suja poesia de hospital
Um momento em que vivo 
Apenas me balanço com este pico 
Byron meu irmão 
Rousseau, seja meu cão! 
Nem toque este violão 
Solte essas cordas amigão 
Dentro deles há idealização 
E nunca uma salvação 
Nunca Nirvana 
Nunca Oasis 
Essas bandas produzirão 
Um choro sem exceção
"Wonderwall" "Rape Me"
"Under the Bridge" "The Man who Sold the World" 
Me tire dessas profundezas, minha eterna tristeza! 
Passa tristeza 
Passa pensamentos 
Faça me voar em levezas
Em lugares que não há lamento 
Vejo a vida passar 
Avisto o mundo acabar 
Vivo num profundo sofrer 
Acho que vou morrer 
Não, não chore 
Estude, não, escreva 
Morra, morra, transcreva! 
Viva nesta vida passageira.
Serás que não entende? 
Sou uma simples adolescente 
Que escreve inconscientemente 
Estas palavras acabadas 
Nessas linhas imaginárias
E simplesmente para o nada 
Com um tremendo desgosto 
Eu termino aqui 
E sei que irá persistir
O meu simples e incansável 
11 de agosto.